quarta-feira, 28 de novembro de 2007

O final

Gente, conforme avisei hoje na aula, na semana que vem deveremos nos reunir, eu, Mario e Porcello, para definir as notas finais.

No dia 11/12, terça-feira, estarei à disposição dos alunos na sala 113, das 8h às 12h, para devolução dos trabalhos finais, comentários, bate-papos, dúvidas etc etc etc. Sugestões e críticas tb podem ser enviadas para o meu e-mail, evidentemente, se vocês quiserem. Estou à disposição.

Tb convido a todos para aparecerem no próximo dia 06/12, quinta-feira, na sala 310, onde o poeta, escritor e jornalista FABRÍCIO CARPINEJAR vai conversar com os alunos de RED III sobre crônica. Venham porque acho que o encontro será muito legal!

Last but not least, foi um grande prazer e um enorme desafio ter encarado este semestre com vocês. Espero que vocês tenham aproveitado ao menos um pouco do que eu aprendi com a turma. Boas férias!

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Cronograma

A próxima aula, dia 21/11, é a ÚLTIMA OPORTUNIDADE para entregar trabalhos atrasados. Depois disto, não aceito mais. Quem tiver dúvidas sobre trabalhos atrasados, favor me mandar e-mail.

Lembro que a quantidade de trabalhos entregues influi diretamente na nota final. A apresentação oral (tem gente que ainda apresentará, claro) conta como um dos trabalhos.

A aula seguinte, dia 28/11, é a entrega do trabalho final, conforme agendado desde o primeiro dia de aula e previsto no plano de aula das disciplina.

A seguir, a relação completa dos trabalhos feitos durante o semestre.

1 - Análise das manchetes
2 - Lide do casal
3 - Texto sobre a abertura da Expointer
4 - Texto a partir de pauta sobre a Expointer
5 - Resenha sobre trabalhos do Gaspari e sobre matérias sobre o Collor
6 - Texto sobre o acampamento farroupilha
7 - Pauta feita em aula
8 - Pautas feitas em casa
9 - Informações sobre a pauta escolhida + relação de 10 fontes possíveis
10 - Resenha sobre texto da Helena Chagas
11 - Entrevista pingue-pongue
12 - Novo título para matéria

sábado, 3 de novembro de 2007

Amanda Jansson

O texto é muito bom, a linguagem é fácil de entender, e as dicas são extremamente práticas. A autora fala o tempo todo sobre as "normas" que devem regrar uma boa entrevista, mas diz que "o marco na história do jornalismo político no país" (a entrevista de Carlos Lacerda com José Américo de Almeida), foi exatamente o contrário de tudo o que vinha sendo apresentado no texto. Mais uma prova de que bom jornalismo, quando segue o bom-senso, a ética e a originalidade, não tem, necessariamente, que seguir regras.
Mesmo que estejamos vivendo "outro momento histórico, social e político", como explica a autora, alguns trabalhos, por suas característica "pioneiras", fazem mais diferenças quando se formulam naturalmente, sem seguir norma nenhuma.
Claro que apresentar regras que guiem uma entrevista dá um caminho para os estudantes de jornalismo, mas acho que pensar por si mesmo, praticando e tomando decisões é o que realmente traz aprendizado. O formato das entrevistas muda - é normal que tudo mude na maneira de se comunicar quando se entra na era da televisão de massa e, logo, da "Internet
de massa" - mas um jornalista que esteja informado sobre o assunto sobre o qual pergunta (e que sabe perguntar o certo na hora certa), vai apenas precisar adaptar sua entrevista aos diversos meios de comunicação e às suas evoluções.

Acho legal colocar aqui o link da entrevista que o Edir Macedo deu, por email, para a Folha de São Paulo. Não é política, mas é bem interessante, também pelo conteúdo do que é discutido. Nessa entrevista, o bispo não fez restrições a nenhum assunto, mas teve assessoria de executivos da Record e de membros da Igreja. E ela traz o principal problema da entrevista por email: as perguntas que ficam sem resposta, já que o jornalista não pode replicar. Em uma pergunta, por exemplo, Edir Macedo responde com outra, enfim. Além disso, a entrevista por email também dá tempo para que o entrevistado crie um "discurso" que pode soar falso e montado, como o bispo faz algumas vezes.
Há também aquela "agonia" de, depois de receber a entrevista respondida, ver que uma resposta que o entrevistado deu poderia ser assunto para outra pergunta, talvez ainda mais interessante.

http://www.polibiobraga.com.br/?PAG=noticias_anteriores_detalhe.asp?ID=39635

Cristina Tworkowski

A autora traz algumas considerações sobre o que precisa e o que não deve ter em uma entrevista política. Destaco a sensibilidade em perceber que, para obter respostas de alguém, o jornalista precisa "conquistar" o respeito ou a confiança do interlocutor, e que um comportamento hostil dificulta o acesso às respostas. Neste caso caberia elogiar a atuação de Samuel Wainer ao entrevistar Getúlio Vargas, situação mencionada no texto e que me chamou a atenção.

É preciso considerar pelo menos três coisas ao entrevistar um indivíduo político:
a) quais os interesses envolvidos naquela entrevista,
b) de que maneira o interesse público está sendo atendido e
c) quem se beneficia com essa notícia.

É um jogo muito interesante lidar com este tipo de entrevistado...

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Maria Elisa

Ao realizar uma entrevista, o jornalista é o elo que existe entre a informação escondida no entrevistado e o público ávido por conhecê-la. Movido pela sua curiosidade pessoal - sem deixar que ela se sobreponha ao interesse da população - e embasado no seu conhecimento de mundo, o profissional atua como porta voz de conteúdo. Sensibilidade, educação, bom senso e honestidade – valores um tanto subjetivos quando se fala em técnica de entrevista – permitem que entrevistador e entrevistado sejam cúmplices num jogo que, apesar de muitas vezes visar autopromoção, tem como metas o esclarecimento ou a provocação de reflexão. É engraçado perceber que por mais produção que determinadas entrevistas exigem – e é necessário que isso ocorra – um simples bate-papo no elevador pode ser infinitamente mais revelador para a construção de uma boa história. Respeitadas as questões éticas que envolvem a questão do "tornar-se público", as premissas da entrevista são o questionamento e o diálogo. Na hora certa, no lugar certo e com a pessoa certa.

Juliana Campani

Achei realmente muito interessante. Obviamente, não apresenta nada de novo, mas faz a gente pensar em muita coisa a respeito dessa modalidade. Eu mesma acreditava que elaborar, realizar e editar uma entrevista era tarefa bastante simples, pois nunca havia pensado nos "pormenores". É necessária extrema habilidade para fazer as perguntas certas de forma a não inibir o entrevistado e obter respostas consistentes e relevantes. Depois, durante a entrevista, o jornalista precisa apresentar desenvoltura e capacidade para deixar a conversa fluir com naturalidade, mas sem desvios do foco, ir direto ao ponto, mas de forma sutil e ao mesmo tempo objetiva. A autora comenta ainda a questão do uso do gravador e concordo que ele deve ser evitado ao máximo, não me sinto confortável para conversar (e o entrevistado ainda menos, certo?).
E a edição deve também ser um trabalho minucioso de apuração e seleção do que de mais importante foi dito, e aí acredito que se dá a grande diferença entre o bom e o mau jornalista, ou aquele que se atém à cartilha ideológica da empresa e o que segue uma linha menos radical. A seleção de comentários pode distorcer completamente o sentido do que se intensionava dizer, e dar margem a escândalos e gerar situações comprometedoras para ambos.
Não é difícil pensarmos em exemplos de cortes significativos que alteram o sentido das informações prestadas. Lembro-me de várias entrevistas com o presidente Lula exibidas no Jornal Nacional em que notava-se claramente a supressão de declarações cuja importância era fundamental para sustentar o que ele afirmava. Obviamente, não era essa a proposta, e a "edição" do material colaborou para tranmitir a sensação de insegurança e imprecisão, sempre a favor das convicções político-ideológicas da Rede Globo.