sábado, 29 de setembro de 2007

Nosso manual- 4

NÚMEROS

- De zero a dez, grafar por extenso: um, dois, três etc.

- Cem e mil, grafar por extenso.

- Utilizar algarismos a partir do 11.

- Em grandezas maiores, grafar algarismo + extenso. Ex.: 5 bilhões, 2,5 mil.

- Com números quebrados, usar ponto, e se possível, arredondar. Ex.: 2.525. 498 ou 2,5 milhões.

- A exceção às regras anteriores ocorre com números seguido por símbolos. Ex.: 5%, 4ºC.

sábado, 22 de setembro de 2007

Nosso manual - 3

MAIÚSCULA e MINÚSCULA

* Usa-se letra maiúscula para designar períodos, episódios, momentos históricos (Guerra dos Cem Anos, Renascimento), festas e datas religiosas e comemorações cívicas (Quarta-feira de Cinzas, Domingo de Ramos).

* A segunda referência aparece no texto com letras minúsculas (usa-se ministério se o termo Ministério da Educação, por exemplo, estiver citado anteriormente no texto).

* Usam-se minúsculas para dias da semana (sexta-feira, sábado), títulos, cargos e profissões (professor, ministro).

* Em citação direta, usa-se letra maiúscula, inclusive depois de dois pontos (O professor resmungou: "A aula acabou").

Regras enviadas pela Mariana Sirena. Falta só um grupo.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Nosso manual - 2

HORÁRIOS:

- Abreviar hora por "h" e não grafar minutos.
Ex: "O incidente ocorreu às 11h43. A primeira pessoa chegou às 16h."

- Para duração de um evento, escrever horas por extenso
Ex: "A reunião começou às 14h e durou duas horas."

- Não usar "da tarde", "da manhã" ou "da madrugada".
Ex: "O avião chegou às 14h" e não "O avião chegou às 2h da tarde".

- Quando o fato ocorreu fora do horário padrão (de Brasília) utilizar
a hora correspondente entre parênteses e indicação.
Ex: "A guerra começou às 2h30 de hoje em Bagdá (21h30 de ontem em Brasília)."

Regras enviadas pela Fabiane. Aguardo os dois grupos restantes!

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Nosso manual - 1

SIGLAS

TUDO MAIÚSCULO
  • Siglas com até três letras. Ex: ONU, FMI, CIA.
  • Siglas com mais de três letras, nas quais cada letra precise ser lida separadamente. Ex.: FGTS, INSS.
SOMENTE A INICIAL EM MAIÚSCULA
  • Siglas com mais de três letras que formem uma palavra. Ex.: Unesco, Banespa, Fabico.
"ABRIR" A SIGLA
  • Na primeira vez em que a sigla aparece no texto, se coloca, logo depois dela e entre parênteses, o seu "significado" (em jargão de redação, diz-se: "abrir" a sigla).
As regras foram enviadas pela Amanda e complementadas por mim, a partir do que conversamos em aula.

Aguardo os itens dos outros três grupos.

Dica de site

Amanda manda esta dica ótima, de um site com capas de jornais de todas as partes do mundo, atualizados diariamente. Confiram!

http://www.newseum.org/todaysfrontpages/flash/

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Aula de 12/09

Hoje conversarmos sobre alguns preceitos básicos de um bom texto jornalístico. Também discutimos o desenvolvimento da matéria.

Para a próxima aula, sugeri como leitura complementar parte do livro do Noblat (A arte de fazer um jornal diário), da página 77 a 87, onde justamente ele aborda "a arte de escrever", dando dicas sobre clareza, imaginação, riqueza vocabular, ordem direta, simplicidade.

Para colocar um pouco em prática o que a gente observou a respeito do desenvolvimento dos textos, a partir da análise das duas matérias sobre o impeachment e da outra sobre os Mamonas, pedi que fosse feito uma reportagem para a próxima aula, sobre qualquer evento do Acampamento Farroupilha. O texto deve ter uma página e conter, no mínimo, uma fonte (entrevistada). Podem escolher qualquer evento (a programação completa está em http://www2.portoalegre.rs.gov.br/acampamentofarroupilha/default.php, onde também há outros dados que podem ser úteis).

Na próxima aula, começaremos a trabalhar com manuais de redação. Pedi então que cada um busque em um manual de redação disponível na biblioteca a forma como os jornais grafam os seguintes elementos:
SIGLAS (tarefa da Aline, Amanda, Bruna, Cícero, Clarissa e Cristina)
HORÁRIOS (tarefa do Diego, Fabiane, Guilherme, Isabel, Jaqueline e João Vitor)
MAIÚSCULAS/MINÚSCULAS (tarefa da Juliana, Laura, Luciane, Maria Elisa, Mariana B. e Mariana S.)
NÚMEROS (tarefa do Rodolfo, Samantha, Veronica, Elisabete e Janaina)
O trabalho é individual. Podem copiar ou só tirar uma fotocópia da página correspondente. Não é para entregar, mas para a gente discutir em aula. Peço que não tirem o livro da biblioteca, pois há poucos exemplares e isto prejudicará outros colegas.

domingo, 2 de setembro de 2007

Novos bons lides

Nunca na história deste Universo se viu um buraco tão grande. Astrofísicos americanos descobriram um rombo de nada menos que 1 bilhão de anos-luz de diâmetro no tecido do cosmo. Ali não há galáxias, estrelas, gás ou poeira. Nem mesmo a misteriosa matéria escura foi encontrada por lá.
Reportagem da FOLHA DE SÃO PAULO, 25/08/07, 'Astrônomos detectam grande "rombo" no cosmo'. Sugestão da Maria Elisa Lisboa.

A escuridão só não é absoluta porque um pequeno fogareiro está aceso para aquecer a comida. Contando apenas com o tato, o cozinheiro Bohari prepara o jantar. Praticamente ao relento, ele enfrenta, além da falta de luz, o vento incessante que arremessa os finíssimos grãos de areia do Saara contra tudo e contra todos. Bohari é um tuaregue. Filho e neto de nômades, ele trabalha há 36 anos como cozinheiro em expedições de aventureiros que querem conhecer o deserto. Durante dez noites, acompanho sua habilidade em manejar ingredientes, panelas e pratos. De repente, viro para ele e observo: "O deserto não é para as mulheres." Brigando com o lenço que insiste em sair do lugar, descobrir seu rosto e mostrar seu sorriso desdentado, Bohari discorda e responde: "Você está enganada. As mulheres são leves e, como gazelas, parecem voar por essa imensidão. São fortes. É preciso ser forte e corajoso para enfrentar o deserto. As mulheres são assim.
Reportagem Vozes do Deserto, publicada na Marie Claire - agosto de 2007
Sugestão da Elisabete Dala Lana ("Escolhi este lide porque despertou minha curiosidade. Além disso não começa de uma forma convencional e sim com a história de vida de uma pessoa").

Nunca se sabe quando e como as crises financeiras terminam, mas é bem fácil apontar o momento em que as coisas começam a piorar de modo incontrolável. O start das turbulências econômicas pode ser identificado, de uma forma empírica, pela quantidade e intensidade das declarações de otimismo e de mensagens tranquilizadoras emitidas dos gabinetes de autoridades e das mesas de operação dos executivos dos grandes bancos.
Reportagem O RESCALDO NA PERIFERIA - Brasil: Os discursos são otimistas, mas a crise pode trazer prejuízos graves ao país/Carta Capital
Sugestão do Diego Difini ("me chamou a atenção por apresentar a matéria usando de ironia ao mostrar a oposição entre as afirmações oficiais e a atual crise. Além disso, apresenta todo o tema da matéria a partir de um único ponto").

Mal cheguei à redação da revista Senhora, dia 14 de agosto de 1987, e veio a notícia: Cláudio morreu. Tomava café da manhã enquanto lia o jornal, e a cabeça reclinou-se lentamente sobre a mesa, como em um gesto meditado de desalento. Faz vinte anos, e a memória mantém intacto o dia aziago. Péssimo para a família, muito unida em torno dele. Paa os amigos, mais numerosos do que se imaginava. Para os leitores e para a imprensa brasileira. Para o Brasil todo, mesmo que não se desse conta disso. E para mim, que tinha nele um irmão, mais velho e mais sábio, sem pieguismo e sem retórica.
Sugestão da Amanda ("a Carta Capital não costuma trazer um lide destacado, mas nessa matéria de Mino Carta sobre a morte de Cláudio Abramo, essa primeira parte está bem diferente do resto do texto, e me pareceu uma introdução bem interessante. Ainda mais com o autor falando em primeira pessoa, o que dá uma intimidade maior, explicitando que tudo isso é da memória do próprio jornalista que escreve").

Sentado na primeira fila de bancos do santuário Dom Bosco, em Brasília, o presidente eleito Tancredo Neves fechou os olhos, baixou a cabeça e levou a mão esquerda à testa, cobrindo o cenho carregado. Parecia o gesto típico de um devotado católico, porém, os que estavam mais próximos a ele perceberam que, por várias vezes, mostrando desconforto, Tancredo levara a mão direita à barriga por cima do paletó escuro, num disfarçado gesto de dor. Os mais atentos poderiam ter notado, ainda, a dificuldade com que levantara, minutos antes, para subir alguns degraus e ler uma passagem da Bíblia.
Outra sugestão da Amanda ("um lide da revista "Aventuras na História", de um texto sobre a morte de Tancredo Neves. É interessante por fazer uma descrição quase literária do momento em que o "quase-presidente" se sentiu mal, o que foge bastante dos lides comuns. Quase todas as matérias dessa revista têm lides assim, incomuns e interessantes").